Em meio às crises política e econômica que tomaram conta do País no ano passado, os meses de agosto e setembro foram momentos de união, autoestima elevada e espírito olímpio em evidência. Durante as Olimpíadas do Rio, o mercado de live marketing pôde colocar em prática o que essa área proporciona de melhor: criatividade, emoção, experiência e interação com as marcas. Para Gael, agência de ativação e experiências live, os jogos de 2016 foram ainda mais relevantes. A empresa criou e organizou o Boulevard Olímpico, um dos maiores sucessos dos jogos e que impactou quase 5 milhões de pessoas ao longo da competição.

Montado para ser o principal polo de celebração do evento esportivo, o live site foi além e conquistou o título de maior evento público já realizado nos jogos olímpicos. O principal espaço, localizado na área do Porto Maravilha, próximo ao Museu do Amanhã, teve mais de 3 quilômetros de extensão e interação do público com marcas como Skol, Samsung, Bradesco, Coca-Cola, Nissan e Nike. “O Boulevard Olímpico traduz o que a Gael acredita: que as pessoas vivem de experiências o tempo todo, em diversos lugares – parques, ruas, praias, shows, shoppings -, e é justamente nessas ocasiões que nascem os relacionamentos mais verdadeiros e duradouros com as marcas”, diz o diretor-geral e sócio da Gael, Gaetano Lops.

A agência, que tem três anos de atuação no mercado, trabalha com uma única crença: nada vale mais do que uma boa ideia. A empresa nasceu no departamento de projetos especiais da AlmapBBDO, que Gaetano assumiu em 2011. “Antes do lançamento da agência, ampliei o entendimento de planejamento estratégico e a importância de boas ideias. Assim, a Gael surgiu para gerar experiências realmente diferentes”, comenta o diretor, informando que os três pilares da agência são estratégia, ideia e execução.

Desde sua abertura, a empresa somou em seu portfólio projetos da Pepsi, Volkswagen, Havaianas, O Boticário, Bauducco, Elma Chips, Claro, Mars Chocolates e Visa, além das marcas ligadas ao Boulevard Olímpico. No ano passado, a Gael fez seu primeiro movimento de expansão, com a abertura de um escritório no Rio de Janeiro. A agência atribui seus resultados positivos à criatividade e à realização de uma comunicação integrada para as companhias a que atende.

“Entendemos as necessidades dos clientes que querem fazer ações que gerem impactos reais nos consumidores. O mercado e o consumidor mudaram, e é preciso, mais do que nunca, falar de um jeito diferente criando experiências”, comenta Gaetano, ao acrescentar que o maior desafio não está em ter grandes ideias, mas, sim, em convencer as empresas a terem coragem de realizá-las. Nesse sentido, uma das metas da Gael é ser a agência mais premiada criativamente na área de marketing ao vivo.

Expectativas Superadas

O Boulevard Olímpico no Rio de Janeiro é um dos grandes cases da Gael que contempla ações inovadoras. Segundo Gaetano Lops, os resultados dessa empreitada grandiosa superaram as expectativas. Além de unir entretenimento, esporte, lazer e cultura durante os jogos, o espaço se tornou um novo cartão postal e um legado para a cidade. No local – que abrigou a Pira Olímpica ao longo da competição –, o público assistiu às principais provas em telões de alta definição, localizados em palcos com programação diária de shows, e viu uma série de apresentações de artistas de rua e outras intervenções culturais. Foram mais de 100 horas de transmissões ao vivo e outras 110 de shows. O público foi recorde, chegando a quase 5 milhões de visitantes brasileiros e internacionais.

Dentre as atrações também estavam: o Balão Panorâmico Skol, o maior do mundo com subida a 150 metros de altura; um bungee jump da Nissan; uma maquete do Rio de Janeiro feita de Lego; a loja Nike Rio Sem Limites; o showroom Samsung Galaxy Studio; e a Parada Coca-Cola com shows e atrações, entre outras. Um legado de arte urbana deixado pelo Boulevard Olímpico foi o painel Etnias, do muralista Eduardo Kobra, que entrou para o Guinness Book como o maior grafite do mundo, com de 2.646,34 metros quadrados.

Uma iniciativa ligada à sustentabilidade marcou o fim da participação da Gael no Boulevard Olímpico. Cerca de 3 quilômetros de lonas vinílicas usadas nas ações, e que iriam para o lixo, foram reaproveitadas e transformadas em bolsas. A agência fez uma parceria com a ONG TemQuemQueira, que produziu mil itens com os resíduos no presídio de Bangu, no Rio. As bolsas foram compradas pela Gael e distribuídas para clientes, prospects e parceiros.

Museu itinerante

Outra atração de destaque atrelada às Olimpíadas foi o Museu Itinerante Se Prepara Brasil, da Bradesco Seguros. Para ativar o patrocínio aos Jogos Rio 2016, a Gael criou um projeto cultural que levou para todo o País um pouco da história dos Jogos olímpicos e paralímpicos. A ideia, realizada pela primeira vez no País, proporcionou ao público de vários estados a oportunidade de acesso gratuito às peças do acervo do Comitê Olímpico do Brasil, do Comitê Rio 2016 e do The Olympic Museum, na Suíça.

Duas carretas que foram transformadas em museus percorreram 45 cidades e mais de 30 mil quilômetros de estrada durante cinco meses, e receberam ao final do projeto mais de 213 mil pessoas. O destino final foi justamente o Boulevard Olímpico. Dentre as ativações que acompanham a chegada aos locais estavam a presença dos mascotes dos jogos olímpicos, paralímpicos e do Time Brasil – Vinícius, Tom e Ginga, respectivamente –, e a distribuição de brindes para o público torcer pelo País. Além disso, os ex-atletas de vôlei Leila Barros, Giba e o judoca Flávio Canto estiveram em algumas das cidades visitadas pelas carretas.

“Criamos para a Bradesco Seguros uma ação proprietária com muita informação, entretenimento e conteúdo exclusivo, marca registrada dos projetos da Gael. O Museu Itinerante Se Prepara Brasil foi uma forma impactante e atrativa de levar um pouco dos jogos olímpicos para quem não pôde ir até o Rio de Janeiro acompanhar esse momento da história do País, além de ter gerado um conhecimento que pode estimular novos talentos para o futuro dos nossos esportes”, afirma Gaetano Lops.

Plataforma de música

Música é um terreno fértil para o segmento de live marketing, mas o diretor da Gael acredita que é preciso haver uma reinvenção dos modelos tradicionais de festivais. A agência trabalha desde sua fundação com a plataforma de música da Pepsi e tem na ação realizada para a marca no Rock in Rio 2015 um de seus cases na área. A Pepsi, que já havia participado da primeira edição do festival em 1985, voltou ao Rock in Rio 30 anos depois, com o objetivo de ter ativações capazes de atrair a atenção do público e proporcionar experiências únicas para os consumidores durante os sete dias de evento.

A ideia era de que o público fosse impactado pela marca desde o primeiro momento de entrada na Cidade do Rock. Para isso, a Gael desenvolveu uma série de iniciativas, dentre elas uma lata com mais de 15 metros de altura que serviu de palco para um karaokê, e um camarote que também abrigava espetáculos de uma trupe performática nos intervalos dos shows. As ativações renderam recorde de menções da Pepsi nas redes sociais, sendo considerada a marca mais lembrada do festival.

Para Gaetano Lops, aliás, o digital é um meio. “Um evento, por exemplo, é realizado considerando que vai haver compartilhamento pelo celular. Mas, mais importante que isso, é gerar a experiência”, diz. As iniciativas da Gael contemplam também hotsites, aplicativos, comunicação para as redes sociais, sempre de acordo com a necessidade do cliente. A ideia é que as ações de live estejam integradas com o digital. Foi exatamente isso que ocorreu com o DMX, projeto proprietário de premiação e debates sobre música digital que teve toda a transmissão feita via streaming. “Temos dedicado bastante tempo em estudar os consumidores para tentar propor ações que realmente sejam diferentes do que já foi feito. A tecnologia é essencial para isso, mas o entendimento do comportamento humano é fundamental”, comenta o diretor.

Para Gaetano, são em momentos como o atual que surgem as oportunidades, especialmente no mercado de live marketing, que permite influenciar o comprador de maneira única. “As empresas precisam de nossa expertise para ajudá-las a criarem uma experiência relevante para o consumidor. Nos próximos dois anos, vamos continuar criando ideias impactantes adequadas aos budgets de nossos clientes, com foco nas áreas que realmente importam para eles, como por exemplo os pontos de venda“, finaliza o sócio da Gael.